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Branding + arquitetura

Como traduzir atributos e valores das marcas nos espaços físicos de hospedagens?




[Este conteúdo foi feito a partir de uma live em meu perfil no Instagram]



Para que hotéis e pousadas construam marcas fortes, além do investimento em branding, é essencial que seus espaços físicos sejam feitos de acordo com as necessidades dos hóspedes, suas expectativas, a identidade e os valores da marca. Para isso, unimos o BRANDING e a ARQUITETURA!


Para conversar sobre esse assunto, convidei a Camilla Reis, arquiteta, designer de interiores e, também, especialista em branding. Em seus projetos, Camilla coloca em prática os conhecimentos de gestão de marcas ao traduzir a identidade de seus clientes e de suas marcas nos ambientes, sejam elas marcas pessoais ou empresariais. Essa junção torna-se muito poderosa, pois o resultado disso são lugares com alma!




Assista o vídeo abaixo para conferir o conteúdo da live na íntegra ou continue a leitura para saber os principais pontos que foram discutidos.




Sobre Branding e arquitetura


Branding é uma filosofia de gestão empresarial que tem o objetivo de gerenciar a forma como uma marca é percebida em todos os pontos de contato com o seu público, sejam eles hóspedes, colaboradores, parceiros, fornecedores ou investidores.


O processo de Branding tem o objetivo de detectar qual é a identidade da sua marca, o que a torna única e comunicar isso de forma coerente, fazendo com que o seu negócio se torne mais atrativo e lembrado.


Em relação aos meios de hospedagem, sua estrutura física é o mais importante ponto de contato com o público. A composição final do ambiente pode causar sensações nos hóspedes em potencial e influenciar na escolha por um ou outro hotel/pousada. Por isso, alinhar as estratégias de branding, marketing, arquitetura e design de interiores é essencial para ter uma marca coerente.




Como a identidade de marca se reflete no espaço físico de uma hospedagem?


Para refletir a identidade de um hotel ou pousada em seu espaço físico, é importante que a iluminação, cores, materiais, cheiros, entre outros aspectos que ajudam a compor o ambiente estejam alinhados com as definições da marca e com as expectativas que foram criadas durante a venda. Afinal, se uma hospedagem não está de acordo com o que foi vendido, isso pode prejudicar muito a reputação da marca e, até mesmo, repelir o público.


Confira alguns pontos importantes que devem ser levados em conta na hora de pensar na composição do espaço físico de uma hospedagem:



Iluminação


O ciclo circadiano influencia as atividades biológicas do ser humano, como despertar ao amanhecer e desacelerar ao anoitecer. É possível utilizar a iluminação artificial para criar diferentes sensações nos hóspedes de acordo com esse ritmo biológico. Seguem dois exemplos:


  • Caso o objetivo de algum ambiente seja manter as pessoas animadas, mais agitadas e ativas, é recomendado a utilização de uma iluminação mais fria e intensa.

  • Por outro lado, para criar espaços mais aconchegantes, relaxantes e acolhedores, a dica é baixar um pouco a tonalidade da luz (deixá-la mais quente, remetendo ao entardecer). Essa iluminação é comum nos quartos e, também, em restaurantes onde a intenção é fazer com que o cliente se sinta confortável, relaxado e permaneça mais tempo naquele local.


O Palácio Tangará, por exemplo, me impressionou em relação ao uso da iluminação. Durante minha estadia por lá, a luz mais fraca, quente e difusa em diferentes ambientes proporcionou relaxamento e muito conforto.




(Fotos do meu acervo pessoal, sem filtro)



Seja em pequenas ou grandes hospedagens, um projeto de iluminação coerente com os objetivos de cada espaço pode fazer muita diferença na experiência do seu hóspede!



Cores


Assim como a iluminação, a escolha da paleta de cores e sua aplicação no espaço físico tem o poder de influenciar fortemente a percepção dos hóspedes.


Para a escolha da paleta de cores, é importante considerar:

  • a personalidade da marca e sua identidade visual

  • a localização da hospedagem e o contexto em que está inserida

  • o perfil de público que deseja alcançar e seus objetivos com a viagem

  • a psicologia das cores



Layout


Para criar espaços convidativos e oferecer uma experiência positiva para os hóspedes, é crucial pensar estrategicamente no layout do hotel/pousada, na disposição do mobiliário no ambiente e o número de hóspedes que aquele local suporta.


O layout das hospedagens precisa considerar a integração entre os ambientes, proporcionando um acesso descomplicado e sem barreiras para o fluxo de pessoas.


Em tempos de COVID-19, esse tópico nunca foi tão importante!


Além disso, é muito importante que os espaços sejam acessíveis e inclusivos, seguindo o desenho universal para que estejam prontos para receber pessoas com algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida.






Materiais, texturas e acabamentos


Além dos tópicos que já falamos acima, a escolha de materiais, texturas e acabamentos também influenciam na experiência do hóspede e dizem muito sobre sua marca.


Na hora de escolher o piso ideal, por exemplo, é importante levar em conta qual a sensação que o hóspede terá ao caminhar descalço por ele, quais os efeitos sonoros serão produzidos, se aquele material irá aquecer ou refrescar o cômodo, ou, até mesmo, se o material do piso tem algum odor natural que pode influenciar no cheiro do ambiente.


Por isso, nada pode ser aplicado de forma isolada, pois escolhas erradas podem incomodar o hóspede e gerar um efeito contrário do que era pretendido.




Trabalhando com os 5 sentidos


Os pontos citados acima estão totalmente ligados aos 5 sentidos. Tudo que o hóspede vê, cheira, toca, prova ou ouve irá contribuir para a percepção que ele terá sobre uma hospedagem.


Por isso, seguem mais alguns pontos de atenção em relação a cada sentido:


  1. Visão: muito ligada a decoração, disposição do mobiliário, uso das cores, iluminação, limpeza, organização dos espaços, ambientes vazios ou cheios, uniforme e postura dos colaboradores, etc.

  2. Tato: qualidade dos lençóis, toalhas e roupões, temperatura dos espaços, limpeza do ambiente, texturas dos acabamentos, qualidade do mobiliário, conforto do colchão e travesseiros, etc.

  3. Audição: o som ou a ausência dele podem influenciar muito na percepção. Por isso é importante investir em playlists coerentes para sua hospedagem. Além disso, é importante evitar pisos ou portas barulhentas e disfarçar sons desagradáveis.

  4. Paladar: manter sempre a qualidade do que é servido em seu hotel ou pousada ou, até mesmo, criar pratos ou bebidas exclusivas. Investir em gastromarketing.

  5. Olfato: o olfato é um dos sentidos mais poderosos e está diretamente relacionado à memória. O cheiro que o hóspede sente ao abrir a porta do quarto irá influenciar fortemente sua percepção em relação a hospedagem (em tempos pós COVID-19 essa percepção se tornou ainda mais importante).






 

Espero que este conteúdo tenha inspirado você a repensar o espaço físico da sua hospedagem e melhorá-lo cada vez mais, aproximando-o das experiências que a sua marca quer criar para os hóspedes.


Clique aqui e entre em contato para que eu possa te ajudar a comunicar a essência da sua marca em seu espaço físico. Para projetos arquitetônicos e de interiores, entre em contato com a Camilla Reis.




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